quarta-feira, 23 de maio de 2012

Especialistas da ONU pedem imposto global sobre operações financeiras para proteger direitos humanos

14 de maio de 2012 · Notícias

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fonte: push da ONU Brasil
Relatora Especial sobre a situação de extrema pobreza e direitos humanos, Magdalena Sepúlveda. (ONU/Mark Garten)Um grupo de Especialistas Independentes das Nações Unidas apelou hoje (14/05) para que a União Europeia assuma a liderança na promoção da implementação de um imposto global para operações financeiras que compense os custos da atual crise econômica e proteja os direitos humanos.
De acordo com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), as estimativas indicam que, em sua menor taxa, o imposto sobre operações financeiras sugerido renderia cerca de 48 bilhões de dólares apenas entre as negociações do G-20. Se o imposto alcançasse taxas mais elevadas ofereceria até 250 bilhões de dólares por ano para compensar os custos das duradouras crises econômica, climática, de combustível, financeira e alimentar.
“Onde a crise financeira mundial provocou a perda de milhões de empregos, socializou os custos da dívida privada e agora arrisca causar regressões significativas de direitos humanos por meio de pacotes abrangentes de austeridade, um imposto sobre operações financeiras é uma ferramenta pragmática para fornecer os meios para os governos protegerem e fazerem cumprir os direitos humanos de seus povos”, disse a Relatora Especial sobre Pobreza Extrema e Direitos Humanos, Magdalena Sepúlveda.
“Um imposto global ajudaria a aliviar a carga da dívida soberana decorrente da crise financeira, transferindo o peso que se direcionava aos cidadãos comuns para o setor privado, que causou a crise, e significativamente ampliaria o espaço fiscal do governo para os gastos com os desesperadamente necessários programas de direitos econômicos e sociais”, acrescentou o Relator Especial sobre a Dívida Externa e Direitos Humanos, Cephas Lumina.

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