sábado, 25 de fevereiro de 2012

Irã x ONU, quem está com a verdade?



Quem está com a verdade? Não sabemos! Agora, quais são as próximas jogadas dos atores envolvidos?

Há sinais que o grupo liderado pelos EUA vai tomar medidas mais enérgicas que as tomadas até então, e, paradoxalmente, o Irã parece não temer as retaliações, ou executa um grande blefe, ou é louco o suficiente para enfrentar o risco da colisão com as forças ocidentais. Torcemos para que o grupo de moderados (liderados pelo Brasil e Turquia) consiga tecer um acordo. Há muito mais interesses envolvidos no fórum de debates, como por exemplo, o interesse na queda do regime dos Aiatolás, que há 33 anos mudou completamente o cenário da região, recriando extremismos perigosos, alimentando ódio contra o ocidente. Por outro lado, interesses das forças contrárias, que desejam a diminuição, ou até extinção, da influência estadunidense.

Na verdade, o Irã, através de seu presidente Mahmoud Ahmadinejad, já ameaçou a existência do Estado de Israel diversas vezes, negando, inclusive, o holocausto por mais de uma vez, o que insultou a comunidade internacional mais ainda, tencionando a situação do Oriente Médio.

Por mais que estudemos o assunto, ainda não percebemos até onde o presidente Iraniano, com endosso dos Aiatolás, pode chegar. É muito temerária a situação, pois envolve atores internacionais com grande poder, força e interesse: Israel, EUA, Inglaterra, França, Rússia e China.

Há de se observar que existe uma divisão no grupo dos permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Enquanto EUA, França e Inglaterra são a favor do endurecimento das medidas contra o Irã, a Rússia e a China, temendo um total controle do ocidente sobre a região que detém as maiores reservas de petróleo do mundo, não concordam em estremecer, mais ainda, as relações com o Radical país persa, que continua sua política de insultos públicos ao ocidente.

Acreditamos, inclusive, que diplomatas do ocidente tentam costurar um acordo com a Rússia e a China, sobre a influência na região. Se a tentativa for exitosa, então, o Irã ficará isolado e terá que ceder, ou cometer um suicídio político. A união dos permanentes pode ser o fim do imbróglio. .

Israel, apesar de ser considerado um país belicoso, com certeza a força militar mais organizada do mundo, tem sérias razões para temer o avanço do Irã, pois este, por diversas vezes já ameaçou exterminar seu Estado. O grupo de moderados, que tenta uma saída conciliada, acredita na boa fé dos iranianos. Mas, quando tratamos de política internacional, onde estão em jogo interesses hegemônicos, não custa lembrar quando Neville Chamberlain, primeiro ministro inglês, negociou, em 1938, com a Alemanha de Hitler e proclamou que o acordo de Munique trouxera a paz naquele tempo. E então Hitler invadiu a Polônia e eclodiu a segunda grande guerra mundial, se não a maior, uma das maiores chagas na humanidade, um grande flagelo.

Por isso que os atores internacionais do ocidente temem as articulações do Irã, ainda mais quando estão sob o manto protetor da China e da Rússia, duas grandes potências que têm interesses, também, no declínio da influência estadunidense e israelense na região.

Cautela é o nome da estratégia! Quando as luzes se acedem os atores interpretam seus papéis de magos da ilusão, mas na coxia, os maestros condutores da história, tramam o destino da região e do mundo